Sete anos depois...
Quantas coisas podem acontecer em quase 7 anos?
7 fucks years!
Então bora fazer um resumão:
Apesar de me achar una pessoa bem insignificante nesse mundo, acreditem ou não, tem uma perseguidora bem dedicada em ferrar com minha vida profissional e pessoal.
Pq ?
Não sei. Juro. Se você souber, conta pra mim.
Por causa disso eu me afastei da vida pública o máximo possível.
Perdi pessoas queridas. Me separei. Caí numa depressão tão grande que meus pais acharam que havia desenvolvido algum dando neurológico.
Saí de Porto Alegre. Vim ( SPOILER) para SC, numa cidade chamada Imbituba, numa charmosa Praia do Rosa. (Eu vou fazer um poste só sobre o Rosa, pq vale a pena falar desse lugar).
Foi por pouco, muito pouco, quase não voltei.
Voltar pra quê? Voltar pq? A comunidade da dança oriental foi bastante injusta. Gente que não me conhecia, que nunca tinha entrado na minha sala de aula e muito menos na minha vida, que até hoje é bem privada, se achou no direito de repetir impropérios.
Mas... tinha a faculdade, meus colegas que me deram um suporte incrível! Meus projetos, minhas pesquisas. Minha família, minha gata.
Voltei. E voltei outra. O Rosa me modificou.
Voltei pra Poa com vontade de me reinventar. E fiz.
Fiz terapia. Fiz mais disciplinas. Me dediquei pro pilates ( a pois é, fiz formação em Mat Pilates pela Power Pilates sob a direção da mestra Aline Hass). Entrei pra uma Cia de danças populares ( tem post no forno sobre isso tb). E fui trabalhar com um cara FODAAAAAAAAA: Marcelo Restori, então diretor do IEACEN e da Cia Falos e Stercus . Casa de Cultura Mario Quintana, IEACEN, Colegiados de arte. Que aprendizado!
O que rolou foi que o trabalho era tão enriquecedor, tão desafiador ( e AMO desafios), tão alucinante em termos de possibilidades... Que o trabalho ganhou da graduação. DISPARADO. Lembro de uma ocasião que sai de um debate maravilhoso na nossa salinha, no fim do corredor do segundo andar da CCMQ, para ir pra aula de história da dança... quase duas horas de ônibus, embaixo de chuva que deus mandava, um frio que só o Jardim Botânico sabe proporcionar para... assistir o mesmo documentário que havia assistido 7anos antes na graduacao em Educação. E não teve choro nem vela, "tem que ter presenca na aula". Olhei para os lados, mais da metade da turma estava presente no FB! Aquilo estava perdendo o sentido. Não foi pra isso que abri mão de turmas, de convívio familiar, de estudo real, de prática aprofundada. Alguem lembra daquela comuniddade do Orkt A FACULDADE ATRAPALHA MEUS ESTUDOS? Estava atrapalhando , muito.
Entrar pra cia de dancas folcloricas foi muito, muito inspirador. Abriu minha mente.
Contudo, nesse processo, fui virando um monstro Work A Holic. Não parava para comer, dormia o mínimo, levava projeto para ler em casa, dançar, praticar e estudar, sim pq escolhi disciplinas eletivas fantásticas e inspiradoras. Era o curriculo básico, e obrigatorio , o meu problema. Comecei a procurar fora da univerdidade aquilo que realmente me inspirava, nessa procura conheci a Bia ... que mulher, quanto conhecimemto, quanta generosidade... e quanta reformulação do que pensava que sabia.
Até que em novembro, numa aula que amava, Danças Populares 4 (veja bem, só 1 era obrigatoria - e horrível), eu quebrei o quinto metatarso do pé direito. Estava fazendo algo de muito mirabolante?! NÃO. foi um passo bobo. foi falta de presença. Foi arrogância denão querer cair. Ironicamente, quebrei meu osso pq meus tensões são absurdamente fortes. Qualquer outra pessoa teria caído e rompido todos os tendões. Lembro de ouvir o estalo e um calor. Meses antes via uma das professoras do Ballet da UFRGS romper parcialmente o tendão de aquiles de um jeito bem bobo tb. Me apavorei. JURO. só pensava que não podia me dar ao luxo de ficar meses com o pé imobilizado, cirurgias..Eu rezei por ser uma fratura. Nos segundos seguintes em que não apoiei mais o pé no chão, busquei na minha mente cada aula de anatonia e biomecânica. A incapacidade de mover o pé em eversão me disse que era grave. Horas depois, segundo o médico, o que me salvou de uma cirurgia e um pino foi esse conhecimento, e calma, muita calma.
O que não tive foi paciência... mas isso conto em outro post.
O pé levou um bom tempo para curar, mais tempo ainda para voltar a mobilidade NORMAL. Mas, nem por isso, nem com a fratura eu entedi o recado para parar, ou aumenos diminuir o ritmo de trabalho. Era claro como água que eu estava trabalhando para preencher a minha vida. E o Marcelo me disse isso várias vezes, de todas as formas amáveis e carinhosas possíveis. Minha terapeuta tb. E meus amigos, minha familia. E teria continuado assim se não fosse um convite.
BAHIA.
Ferias!!!!!! Que trip! Viajar e a melhor coisa que se pode fazer para por a vida em perspectiva. E foi o que aconteceu. A vida pessoal estava dando voltas, como diz meu pai , eu não o namoro, eu caso. Mas ele só pensa isso pq qdo chego a apresentar pra família e pra casar mesmo.
Enfim, ai comecou o vai e vem , a ponte aérea Praia do Forte - Porto Alegre.
E foi bom, por um tempo, quase um ano. Deu certo e depois ficou claro que 2 Coríntios estava corretro NAO TE UNIRAS A UM JULGO DESIGUAL. Foi mais grave que isso, e na verdade só consegui admitir muito tempo ( e mais um pouco de terapia) depois.
Relacionamentos abusivos estão por ai, disfarçados de boas intenções.... Assunto para outro post.
Não quis ficar na Bahia. Que eu amo. E que ainda volto, não sei quando, mas volto.
Pra onde ir ? Porto Alegre... não. Voltei pra SC. Chamei a amiga que estava nos Emirados Árabes Unidos sem saber o que ia fazer e outra que não queria mais estar no nordeste e desci pro sul.
Me apaixonei por viver na praia na Bahia, não sei se saberia mais viver longe do mar... do mato, da seguranca. Viver em cidade pequena não e fácil. É um desafio constante pra quem cresceu numa capital e com uma vida tão agitada. E anônima... o processo de adaptação segue.
Fiz curso de conducao Ambiental, trabalhei em hoteis e restaurantes, mas no fim das contas... o que paga meus boletos é a dança e o pilates.
Os aprendizados por aqui foram muitos.
Por exemplo, quando me mudei pra cá a casa tinha 130m2, e eu achei pequena. Hoje consegui um ap de 30m2 que eu acho até grandinho ( acho que vou fazer um post sobre isso, pq está hilário). Nos primeiros dias aqui comprei uma bike Brisa ROSAAAAAA que é minha companheira de indiadas.
Estou aprendendo a viver com menos, muito menos. Menos coisas, menos trabalho, menos stress, menos exageros, menos tanto faz, menos promessas vazias, menos desinteresse. A vida fica mais rica com presenca, com o agora. Fiz um monte de amigos!
Entrei num relacionamento sério comigo. Estou num namoro que a cada dia se tornma mais sério com Yoga, descobri aí uma filosofia de vida. Vetanta e todas as formas de conhecimento e sabedoria que trás, me apaixonei por servir, por nutrir com Abhyanga.
E por falar em servir, a forma de educar em danca tambem se transformou. Mas vamos parar por aqui. Esse post já esta enorme. Tá, vá lá, foram quase sete anos...
Pra quem ainda estiver curioso, segue lá no Instagram @paulaferreira_dancaoriental, dá pra se atualizar no que rolou nos últimos 3 anos, volta e meia posto algumas reflexões e meu dia a dia em terras catarinas.
7 fucks years!
Então bora fazer um resumão:
Apesar de me achar una pessoa bem insignificante nesse mundo, acreditem ou não, tem uma perseguidora bem dedicada em ferrar com minha vida profissional e pessoal.
Pq ?
Não sei. Juro. Se você souber, conta pra mim.
Por causa disso eu me afastei da vida pública o máximo possível.
Perdi pessoas queridas. Me separei. Caí numa depressão tão grande que meus pais acharam que havia desenvolvido algum dando neurológico.
Saí de Porto Alegre. Vim ( SPOILER) para SC, numa cidade chamada Imbituba, numa charmosa Praia do Rosa. (Eu vou fazer um poste só sobre o Rosa, pq vale a pena falar desse lugar).
Foi por pouco, muito pouco, quase não voltei.
Meditar no Rosa Sul
Esperar o Sol na praia
Colegas de quarto e trabalho da primeira temporada, Letícia e Vivi.
Voltar pra quê? Voltar pq? A comunidade da dança oriental foi bastante injusta. Gente que não me conhecia, que nunca tinha entrado na minha sala de aula e muito menos na minha vida, que até hoje é bem privada, se achou no direito de repetir impropérios.
Mas... tinha a faculdade, meus colegas que me deram um suporte incrível! Meus projetos, minhas pesquisas. Minha família, minha gata.
Voltei. E voltei outra. O Rosa me modificou.
Voltei pra Poa com vontade de me reinventar. E fiz.
Fiz terapia. Fiz mais disciplinas. Me dediquei pro pilates ( a pois é, fiz formação em Mat Pilates pela Power Pilates sob a direção da mestra Aline Hass). Entrei pra uma Cia de danças populares ( tem post no forno sobre isso tb). E fui trabalhar com um cara FODAAAAAAAAA: Marcelo Restori, então diretor do IEACEN e da Cia Falos e Stercus . Casa de Cultura Mario Quintana, IEACEN, Colegiados de arte. Que aprendizado!
Meu aniversário de 33 anos no ap que era 1/5 da casa antiga
Reuniões dos Colegiados de Circo, Dança e Teatro.
Palestras do dia da Dança
Reuniões da Setorial de Danças Árabes da ASGADAN
Eventos para comunidade, Esquina Democrática.
Chefe, amigo, conselheiro, Marcelo Restori.
O que rolou foi que o trabalho era tão enriquecedor, tão desafiador ( e AMO desafios), tão alucinante em termos de possibilidades... Que o trabalho ganhou da graduação. DISPARADO. Lembro de uma ocasião que sai de um debate maravilhoso na nossa salinha, no fim do corredor do segundo andar da CCMQ, para ir pra aula de história da dança... quase duas horas de ônibus, embaixo de chuva que deus mandava, um frio que só o Jardim Botânico sabe proporcionar para... assistir o mesmo documentário que havia assistido 7anos antes na graduacao em Educação. E não teve choro nem vela, "tem que ter presenca na aula". Olhei para os lados, mais da metade da turma estava presente no FB! Aquilo estava perdendo o sentido. Não foi pra isso que abri mão de turmas, de convívio familiar, de estudo real, de prática aprofundada. Alguem lembra daquela comuniddade do Orkt A FACULDADE ATRAPALHA MEUS ESTUDOS? Estava atrapalhando , muito.
Entrar pra cia de dancas folcloricas foi muito, muito inspirador. Abriu minha mente.
Contudo, nesse processo, fui virando um monstro Work A Holic. Não parava para comer, dormia o mínimo, levava projeto para ler em casa, dançar, praticar e estudar, sim pq escolhi disciplinas eletivas fantásticas e inspiradoras. Era o curriculo básico, e obrigatorio , o meu problema. Comecei a procurar fora da univerdidade aquilo que realmente me inspirava, nessa procura conheci a Bia ... que mulher, quanto conhecimemto, quanta generosidade... e quanta reformulação do que pensava que sabia.
Até que em novembro, numa aula que amava, Danças Populares 4 (veja bem, só 1 era obrigatoria - e horrível), eu quebrei o quinto metatarso do pé direito. Estava fazendo algo de muito mirabolante?! NÃO. foi um passo bobo. foi falta de presença. Foi arrogância denão querer cair. Ironicamente, quebrei meu osso pq meus tensões são absurdamente fortes. Qualquer outra pessoa teria caído e rompido todos os tendões. Lembro de ouvir o estalo e um calor. Meses antes via uma das professoras do Ballet da UFRGS romper parcialmente o tendão de aquiles de um jeito bem bobo tb. Me apavorei. JURO. só pensava que não podia me dar ao luxo de ficar meses com o pé imobilizado, cirurgias..Eu rezei por ser uma fratura. Nos segundos seguintes em que não apoiei mais o pé no chão, busquei na minha mente cada aula de anatonia e biomecânica. A incapacidade de mover o pé em eversão me disse que era grave. Horas depois, segundo o médico, o que me salvou de uma cirurgia e um pino foi esse conhecimento, e calma, muita calma.
O que não tive foi paciência... mas isso conto em outro post.
Em Vergara, Uruguai, com a patinha quebrada.
O pé levou um bom tempo para curar, mais tempo ainda para voltar a mobilidade NORMAL. Mas, nem por isso, nem com a fratura eu entedi o recado para parar, ou aumenos diminuir o ritmo de trabalho. Era claro como água que eu estava trabalhando para preencher a minha vida. E o Marcelo me disse isso várias vezes, de todas as formas amáveis e carinhosas possíveis. Minha terapeuta tb. E meus amigos, minha familia. E teria continuado assim se não fosse um convite.
BAHIA.
Amiga de todas as horas, Quel Ribeiro.
Praia do Forte, Mata de São João BA
Imbassaí, BA
Salvador BA
Ferias!!!!!! Que trip! Viajar e a melhor coisa que se pode fazer para por a vida em perspectiva. E foi o que aconteceu. A vida pessoal estava dando voltas, como diz meu pai , eu não o namoro, eu caso. Mas ele só pensa isso pq qdo chego a apresentar pra família e pra casar mesmo.
Enfim, ai comecou o vai e vem , a ponte aérea Praia do Forte - Porto Alegre.
Cachoeira do Siriú Garopaba SC
Cabanha Piedade
Templo das Águas Pelotas
Intervenção Urbana "Entre Saltos"
Coletivo PI
Algum cantinho no Norte da Alemanha
Vondel Park, Amsterdã
Pespedida definitiva de Porto Alegre,
Quel, Valesca, Sabrina, Luana, Sil.
Final do espetáculo "Acercadenos"
Fá e Ricardinho niver 3.4
E foi bom, por um tempo, quase um ano. Deu certo e depois ficou claro que 2 Coríntios estava corretro NAO TE UNIRAS A UM JULGO DESIGUAL. Foi mais grave que isso, e na verdade só consegui admitir muito tempo ( e mais um pouco de terapia) depois.
Relacionamentos abusivos estão por ai, disfarçados de boas intenções.... Assunto para outro post.
Não quis ficar na Bahia. Que eu amo. E que ainda volto, não sei quando, mas volto.
Pra onde ir ? Porto Alegre... não. Voltei pra SC. Chamei a amiga que estava nos Emirados Árabes Unidos sem saber o que ia fazer e outra que não queria mais estar no nordeste e desci pro sul.
Aprendendo a não olhar pra trás
Natal em Garopaba 2014
Mari Mallet, que foi a tábua de salvação nos primeiros meses.
A foto está como deveria estar, afinal o dia foi de por as coisas em outra perspectiva.
Trilhas e mais trilhas.
3.5
Trilhando na Pedra Branca
Em algum ponto entre a Praia da Vigia e a Silveira
Vista do trabalho
Praia no inverno!!!
Visita da mamis
Me apaixonei por viver na praia na Bahia, não sei se saberia mais viver longe do mar... do mato, da seguranca. Viver em cidade pequena não e fácil. É um desafio constante pra quem cresceu numa capital e com uma vida tão agitada. E anônima... o processo de adaptação segue.
Fiz curso de conducao Ambiental, trabalhei em hoteis e restaurantes, mas no fim das contas... o que paga meus boletos é a dança e o pilates.
Imaruí SC
Trilha do Farol Imbituba
Ouvidor- Praia do Rosa
Lagoa do Coração Gamboa
Produção artesanal de farinha
Por exemplo, quando me mudei pra cá a casa tinha 130m2, e eu achei pequena. Hoje consegui um ap de 30m2 que eu acho até grandinho ( acho que vou fazer um post sobre isso, pq está hilário). Nos primeiros dias aqui comprei uma bike Brisa ROSAAAAAA que é minha companheira de indiadas.
Estou aprendendo a viver com menos, muito menos. Menos coisas, menos trabalho, menos stress, menos exageros, menos tanto faz, menos promessas vazias, menos desinteresse. A vida fica mais rica com presenca, com o agora. Fiz um monte de amigos!
Essa linda me reconheceu no metrô Ana Rosa em SP
Galerinha de Sorocaba no Paikea Hostel
Equipe do Restaurante Urucum
Bruninho, parceiro de trilhas, de papos, viola na beira da Lagoa, indiadas e afins.
Reveillon 2017
As colegas de casa E curso de Condução Ambiental, Clarissa e Gabi (Ruiva).
Ruiva virou uma irmã.
Paraná, seu lindo!
Azizah Gomes, ser humano incrível!
Vamô? VAMOOO!
Hermanita Fe Santos
A Casinha Rosa da Lagoa de Ibiraquera
Faz o quê no inverno? Comidaaaaa! E reúne o povo pra comer.
Peek Neek feelings
Sem palavras para essa galerinha, temporada 2015/2016
Parceiras de surf
Vizinhos,hermanos, amigos do peito.
Como fiquei fluente em espanhol em poucos meses? Tá aí as responsáveis! Da manhã a noite ouvindo e aprendendo.
Esperando a lua nascer na Praia da Silveira
Prática na Lagoa de Ibiraquera
Meditação
Apreciação
Contemplação
Gratidão
E por falar em servir, a forma de educar em danca tambem se transformou. Mas vamos parar por aqui. Esse post já esta enorme. Tá, vá lá, foram quase sete anos...
Pra quem ainda estiver curioso, segue lá no Instagram @paulaferreira_dancaoriental, dá pra se atualizar no que rolou nos últimos 3 anos, volta e meia posto algumas reflexões e meu dia a dia em terras catarinas.
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